sábado, 26 de janeiro de 2013

O jeito é pedir para tirarem uma foto nossa, só pra você ver o tanto que fica bonito. Ou melhor, deixa eu ler pra você a combinação dos nossos signos, que diz que a gente foi feito um pro outro desde os tempos de Maomé  Se você não entendeu ainda, eu chamo a minha vizinha do 702 que entende tanto de amor, que vive sozinha. Ela vai olhar pra gente juntos e sentir um arrepio. E daí você vai entender, não vai? Ainda não? Poxa. Vou ter que te contar que tem um tanto de coisa que você pensa e eu penso também. Tipo que aquela música é muito boa e ninguém acha boa – só você. Eu sempre achei ela uma ótima música. Ou então, que aquele dia eu também pensei em dividir um cachorro. E pensamos exatamente o mesmo nome para o bicho, que teria que ter nome de gente. Tá vendo agora?

Posso tentar mais, dizendo que eu não entendo metade das coisas que você fala, e continuo gostando muito de imaginar ouvi-las. Nem você entende metade das coisas que eu escrevo, e agora está me lendo. Olha, tem também as melhores sensações do mundo. Fecha o olho e fala rápido! Viu? São as mesmas. Nosso mundo é colorido igual. Nosso mundo é tão igual e nossas dores tão diferentes, que eu te abraço agora e até parece que nada nunca doeu. Dá vontade de gritar e contar para o universo que eu achei. Eu achei o que eu nem mereço ter porque é bom demais para mim. E tudo que é muito bom, dói demais de ter.

É horrível, mas existem pessoas que aparecem na nossa vida para nunca serem nossas. Que nem você, que de tanto nunca vai ser meu, só que nesse momento é.

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